Centro de Operações da Atalaia Rio/Divulgação Conapra
A atuação da Atalaia de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, impediu que ocorresse um acidente com a plataforma FPSO Carioca MV-30 na madrugada do último dia 04. A unidade, que se encontrava fundeada na área do Bananal, a noroeste da Ilha Grande, em Angra dos Reis, estava se movimentando quando a situação foi percebida pelo operador de praticagem Raphael Damasceno. Em uma ação de emergência, conseguiu impedir que a plataforma ficasse à deriva. A FPSO Carioca retornou para área do Bananal e foi para o seu destino de atracação, em um estaleiro de Angra, no domingo dia 06.
De acordo com o comandante, Luiz Antonio, diretor técnico da Praticagem do Rio de Janeiro, devido à ocorrência de ventos fortes, a plataforma involuntariamente começou a sair da posição em que estava.
“Temos um rigoroso protocolo para identificar qual prático iria atender essa emergência. Existe também uma questão de logística a resolver. A gente tem a imagem do Corpo de Bombeiros descendo para entrar no carro naquele poste escorregando ou corda, mas na Praticagem não funciona assim. Os práticos, enquanto aguardam o serviço de rotina, hospedam-se em localidades próximas e em função das distâncias envolvidas, é empregada logística de carro e de lancha para que eles saiam de onde estejam e cheguem ao local de emergência. A reação foi muito boa. Foi o mais rápido possível. O pessoal já fica em prontidão com o telefone ao lado da cabeceira”, contou o comandante.
Ainda conforme Luiz Antonio, o operador da Atalaia foi importante porque identificou algo que, normalmente, o navio não faz: “O delegado da Capitania dos Portos de Angra dos Reis tinha determinado que caso houvesse a degradação nas condições meteorológicas, fosse acionado o prático. O que causou que a unidade garrasse (termo náutico que significa que o navio perdeu a fixação da âncora e poderá se movimentar involuntariamente) foi o vento. O delegado tinha determinado que, caso o vento aumentasse, deveria ser acionado o prático e isso não ocorreu”.
Segundo o supervisor de operações do Centro de Controle, Ricardo Lindgren de Carvalho, o risco nesta situação, onde a plataforma estava próxima da Ilha Grande, é que se ela tivesse derivado com vento e corrente na direção sul, sudeste ou sudoeste. Neste caso, a unidade teria encalhado na própria Ilha ou várias pedras ao entorno dela.
“Por sorte, a direção dos ventos e corrente levaram à unidade para nordeste. Ou seja, ela subiu em direção ao canal do terminal da Petrobras. E acabou ficando fundeada no meio do canal. Na manhã seguinte, iam ter petroleiros entrando e saindo do terminal da Petrobras e teríamos uma situação de risco junto a essa plataforma no meio do canal”, detalhou Lindgren.
Ainda conforme Lindgren, o operador atento à unidade, percebeu que ela se deslocava levemente. Questionado pelo operador Raphael Damasceno “O comandante da unidade chegou a dizer que estava tudo certo, que o ferro já tinha unhado no fundo do mar e que a unidade tinha parado de derivar. No entanto, pedi o print da tela do sistema AIS da Praticagem para ver a plataforma. Fiz a avaliação rápida e vi que a situação de emergência permanecia”, lembrou.
O comandante Marcelo Noce foi acionado e rapidamente foi deslocado para o local: “Ele estava de madrugada se dirigindo para outra manobra, então os procedimentos da Praticagem o direcionaram para atender a emergência o mais rápido possível”, contou Lindgren.
O operador Raphael Damasceno atribuiu o resultado positivo da ação ao trabalho em equipe. Ele disse que, após a Carioca estar em segurança, teve a sensação de dever cumprido.
“Todo nosso trabalho é bastante difícil e precisa de atenção. A situação foi diagnosticada com rapidez e monitorada em tempo real. Eu precisei utilizar todos os meios possíveis. Foi tudo muito rápido, uma parceria. Teve o agente que fez a solicitação da emergência, o supervisor que junto comigo, procuramos o primeiro prático disponível. Foi um trabalho em equipe bem eficaz. Tudo foi resolvido sem dano ambiental e pessoal”, comemorou Damasceno.

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