A ação rápida da Praticagem do Rio de Janeiro impediu que a tragédia envolvendo duas embarcações pesqueiras com 22 pessoas a bordo na Baía de Sepetiba, em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, fosse ainda maior. No acidente na madrugada desta sexta-feira, dia 08, seis pessoas foram encontradas mortas. As operações de resgate foram coordenadas inicialmente pelo prático Rafael de Aguiar Dracxler, de 37 anos. Três pessoas foram salvas no primeiro socorro prestado às vítimas feito pela Praticagem do Rio.
Segundo o prático Dracxler, ele iria atracar um navio de minério no Terminal da CSN quando, entre 2h30 e 3h, a cerca de duas milhas do ponto de atracação, quando os marinheiros do navio avistaram três homens no mar:
– Nesse ponto, eu já não tinha mais como fazer nada com meu navio. Eu não podia parar. Estava em águas restritas e não era possível girar meu navio para resgatar, não é viável. Eu tinha três rebocadores para essa manobra, que é o número mínimo, no limite da segurança e decidi prosseguir com a atracação e dispensar um dos meus rebocadores – contou o prático que detalhou os momentos seguintes: – Passei a posição dos homens para que o rebocador se dirigisse até a área onde eles foram avistados e que procedesse com o resgate. Também dispensei as minhas lanchas que utilizaria para fazer as amarrações do navio e determinei que a lancha da Praticagem fosse ao local auxiliar nas buscas.
O prático conta que prosseguiu a manobra com um rebocador a menos. Ele precisaria atracar um navio de 300 metros. A atracação ocorreu com segurança.
– Eu tão pouco podia voltar e tão pouco poderia deixar os homens ali ao sabor da maré. O papel da Praticagem foi essencial porque quem coordena toda manobra e os recursos é o prático. Então, como qualquer outro colega acredito que faria a mesma coisa, eu dispensei meios que eu usaria na minha manobra para auxiliar nessa busca – disse o prático.
De acordo com Dracxler, na Praticagem, quando qualquer agente marítimo, no momento em que avista uma situação de SAR (Salvamento e Resgate), pelas normas internacionais, ele assume o controle até que a Marinha seja comunicada e tome a primeiras providências:
– Foi também mérito da tripulação do navio ter avistado esse pessoal na água, o que é extremamente difícil. Eu diria que beira o impossível você avistar homens flutuando com coletes rudimentares de noite. É muito difícil mesmo.
De acordo com os Bombeiros, as buscas prosseguiram com apoio de guarda-vidas, embarcações, mergulhadores e sobrevoos de aeronave. A operação contou com o apoio de equipes Angra dos Reis, Barra da Tijuca e o Grupamento Aéreo.
A Marinha, por meio do Comando do 1° Distrito Naval, informou que as embarcações pesqueiras “Lucas Mar” e “Guto I” afundaram na região de Laminha. Ainda conforme a Marinha, a Delegacia da Capitania dos Portos em Itacuruçá (DelItacuruçá) enviou quatro embarcações de busca e salvamento (SAR) ao local e, junto com duas embarcações do CBMERJ, iniciaram as buscas pelos tripulantes. As causas da ocorrência e as responsabilidades dos envolvidos serão apuradas em inquérito instaurado pela Marinha.
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