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Práticos do Rio comandam manobra da P-70



A P-70, construída na China / Petrobras

A Praticagem do Rio comanda a partir da noite de hoje (dia 29) a operação de desdocagem da gigante P-70, plataforma da Petrobras que chegou à Baía de Guanabara, vinda da China, no último dia 24. A unidade foi transportada até o Rio através do sistema de dry tow (transporte seco) pelo navio holandês semissubmersível Boka Vanguard. Com 78 mil toneladas – mesmo peso de 220 Boeings 747 -, a plataforma será descarregada da embarcação na madrugada de amanhã, quinta-feira: durante toda a manobra, considerada delicada, um prático ficará no Boka Vanguard mantendo a posição do navio enquanto outros dois profissionais na P-70 conduzirão a sua retirada da embarcação.

Boka Vanguard será lastreado – numa ação de afundamento controlada, possível através do enchimento de tanques do navio com água da Baía – até atingir 28m40cm de profundidade. Nesse ponto, a plataforma passará a flutuar, sendo movimentada com o apoio de quatro rebocadores. Outros dois rebocadores serão utilizados para manter o Boka Vanguard em posição na área de desdocagem, na altura da Ponta da Armação, em Niterói.

A P-70 será em seguida conduzida com a ajuda dos práticos até as proximidades da Ponta do Gragoatá, também em Niterói, onde ficará fundeada até receber as autorizações necessárias antes de seguir para o campo de Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade, construída na China, deixou o estaleiro da COOEC em Qingdao no dia 9 de dezembro. O seu transporte em navio semissubmersível – em vez do uso de rebocadores oceânicos – reduziu em 40 dias a viagem até o Brasil. Operação desse porte só havia ocorrido antes uma única vez no mundo, com a P-67.

A plataforma que pode ser vista hoje na Baía de Guanabara tem capacidade, segundo a Petrobras, para produzir 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A unidade deve entrar em operação ainda neste semestre. A manobra da estrutura também contará com a participação de outros agentes, como as autoridades marítima e portuária, além da própria Petrobras.