O Sepetiba Tecon, em Itaguaí, no Rio de Janeiro, recebeu, na última quarta-feira, dia 07 de novembro, autorização para operar navios New Panamax de grande porte (Ultra Large Container Vessels – ULCV). A Praticagem do Rio de Janeiro, responsável por conduzir as embarcações na entrada e saída dos portos fluminenses, participou de todo processo que possibilitou a viabilização dessas manobras. Essas embarcações possuem até 367 metros de comprimento, 52 metros de largura e calado de 15,2 metros. Para navios de até 340 metros de extensão, o calado poderá ser mais profundo, de 15,4 metros.
Segundo o presidente da Praticagem do Rio, Everton Schmidt, os navios, principalmente os portas containeres, têm crescido muito em dimensões nos últimos anos e os portos e acessos aquaviários aos terminais não tem conseguido acompanhar esse crescimento na mesma proporção. Em consequência, as margens de segurança são reduzidas e é preciso que a Praticagem busque meios de conseguir manobrar esses navios sem comprometer a segurança. – Para isso, utilizamos basicamente um treinamento intensivo e a utilização de novos recursos tecnológicos. Aliando essas duas coisas, a Praticagem consegue permitir a manutenção das operações nos terminais de container, manobrando com segurança e eficiência. Esse foi o caso com o Sepetiba Tecon. Desde o início, esse projeto foi exaustivamente discutido entre a Praticagem do Rio de Janeiro e o terminal. Em conjunto, montamos e aperfeiçoamos o projeto para que esses navios pudessem acessar o terminal com segurança. A participação da Praticagem nesse processo foi muito importante, pois, em última análise, são os práticos que realizam as manobras e são os responsáveis por conduzir esses navios em segurança até o porto – lembrou Schmidit. De acordo com o diretor Técnico do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), prático Porthos Lima, a Praticagem participou ativamente de simulações de atracação realizadas no Maritime Institute of Technology and Graduate Studies (MITAGS), localizado nos Estados Unidos. – Nós sugerimos uma planilha de manobras a serem executadas em função de diversas condições de vento e de corrente predominantes na área, e sugerimos também ampliação da largura do canal, seu aprofundamento e reposicionamento do seu balizamento. Essa simulação serviu para determinar se seria possível manobrar com segurança nesse terminal e com que condicionantes operacionais isso poderia ser feito. Participei dessas simulações. Elaboramos ao final um relatório que foi apresentado durante reunião com a presença do corpo técnico do MITAGS e chegamos então à conclusão final deste estudo, que foi da viabilidade da manobra desses navios em função do que foi simulado no MITAGS. O próximo passo é realizar manobras experimentais para verificar se na realidade o resultado das simulações vai se confirmar – explicou Porthos. O Diretor Técnico do Conapra acrescentou que esses navios não virão apenas ao Sepetiba Tecon. Eles vão demandar outros portos brasileiros e, conforme Porthos, para isso o Conapra entendeu que seria necessário que os práticos brasileiros se preparassem para receber essa nova classe de navios. – O Conselho Técnico do Conapra estudou esse assunto profundamente e optou por sugerir aos práticos brasileiros algumas linhas de ação, entre elas, fazer treinamentos em modelos reduzidos que são modelos em escala do navio (escala 1 para 25). Existem poucos centros no mundo capacitados para realizar esse tipo de treinamento. Nós visitamos um centro em Covington, nos Estados Unidos, e outro centro no Panamá, e fizemos um acordo com ambos para elaborar um programa de treinamento para os práticos e oferecemos aos práticos essas duas opções. Alguns práticos estão treinando em Covington e outros no Panamá. Nós já temos um número significativo de práticos que passaram por esse treinamento – informou Porthos Porthos lembra que visitou algumas praticagens e acompanhou manobras com práticos de outros países nessa classe de navios para verificar o comportamento deles, além de verificar em que condições que os práticos realizam as manobras nesses lugares: – Acompanhei manobras no Porto de Balboa, no Panamá, e também no Porto de Le Havre, na França, e pretendo fazer uma apresentação com o objetivo de transmitir minhas impressões para os colegas brasileiros. O calado do Sepetiba Tecon foi viabilizado após um período de obras de dragagem. A Marinha homologou a nova profundidade permitida para o terminal em março, após a realização de dragagem na bacia de evolução, na área de manobra e nos berços da instalação. Após analisar o resultado da dragagem e novo projeto de balizamento, a Praticagem emitiu parecer favorável para a operação dessa nova classe de navios nesta semana. Dessa forma, assim que o projeto de balizamento for aprovado e instalado, o terminal poderá começar a receber esses navios. As condicionantes operacionais para a realização de manobras experimentais serão definidas nas próximas semanas. – Esperamos que o estado do Rio de Janeiro tenha um diferencial. Essas rotas, com essa nova classe de navios, são definidas bem antes da operação em si. Tem uma antecedência que o terminal tem que começar a tratar com essas linhas, tanto da Ásia quanto da Europa. O terminal tem que está seguro para receber esses navios, dar a segurança adequada, e ter a profundidade adequada para operar com esses navios – observou Schimidt. O presidente da Praticagem ressaltou ainda que sem a aprovação dos práticos do Rio, essa operação não seria viável. |
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